31.01.2014

O futuro de nossas escolhas na Internet

Você liga o computador, abre o navegador da internet e ele já sugere os seus sites mais acessados. Facebook, email, entretenimento, YouTube e um ou outro site de notícias. Se não acertei, garanto que passei muito perto.

E continua: você lê algo que lhe agrada, que automaticamente já se liga a outra coisa e assim segue num ciclo infinito. Quando você percebe, já nem lembra o que estava procurando. Essa é a tendência, as suas escolhas serem baseadas em seus gostos pessoais impulsionados pela codificação da internet.

O Youtube foi realmente criado para o lazer? Seria ele o substituto da televisão? E como ficam as informações jornalísticas?

Explico: a partir do caminho que cada um faz na web diariamente, cria-se um perfil de usuário, por meio de algoritmos informacionais, que relacionam conteúdos que sejam do mesmo interesse. Sabe quando você entra num site e os anúncios mostram algo que você precisa? Ou que procurou o preço recentemente? É isso! Além de anúncios, essas relações chegam às notícias e vídeos no YouTube, por exemplo.

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A internet é hoje a televisão programável moderna. Cada nova etapa tecnológica se apropria da anterior, estendendo-a, tomando-a como conteúdo e, em parte, aperfeiçoando-a. E é isso que o acesso à rede fez. Ainda não encontramos todos os programas televisivos online, mas isso é apenas uma questão de tempo. A diferença da televisão é que você escolhe uma grade de programação já pronta para assistir. Já na internet você pode montar a sua própria grade.

Entretanto, com o passar dos anos, isso pode ser um problema. Segundo o site do YouTube, os vídeos mais vistos da plataforma são vídeos de entretenimento, humor e música. O que isso representa? Um perfil do usuário no YouTube: buscador do que lhe agrada e faz rir. Uma válvula de escape dos problemas do dia a dia? Talvez. E se essa tendência se estender para outras plataformas? Jornais por exemplo? Procuraremos por notícias ruins, que nos fazem mal? Ou viveremos em nosso mundo, ainda mais egoísta, completamente digital?

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Fica a dúvida.